sábado, 12 de junho de 2010

Histórico do Curso de Arquivologia - UFSM

Histórico do Curso de Arquivologia - UFSM

Ao longo dos anos, o Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, desenvolveu importante papel na evolução do ensino arquivístico no Brasil. Em 1911, através de sua administração criou um Curso de Diplomática que funcionava uma vez por semana, onde eram lecionadas as disciplinas de: Diplomática, Paleografia, Cronologia, Crítica Histórica e Regras de Catalogação.

A ideia de criar cursos de formação arquivística no Brasil foi do diretor do Arquivo Nacional, Alcides Bezerra, em 1922, quando propôs a criação de um curso técnico para habilitar os funcionários do Arquivo Nacional.

No ano de 1958, José Honório Rodrigues, diretor do Arquivo Nacional, elaborou um relatório sobre a realidade arquivística daquela instituição que foi publicado com o título "A SITUAÇÃO DO ARQUIVO NACIONAL". Em 1959 veio ao Rio de Janeiro o eminente estudioso e arquivista francês Henry Boullier de Branche, onde ministrou cursos, um no primeiro semestre e outro no segundo semestre. No ano seguinte, começou a funcionar o CURSO PERMANENTE DE ARQUIVO, no Arquivo Nacional, com a duração de dois anos. Para o ingresso no curso, era exigido o ensino médio completo.

Através do acordo firmado entre o Arquivo Nacional e a Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO), em 1973, o Curso Permanente de Arquivo passou a funcionar com mandato universitário. No ano de 1974, o Conselho Federal de Educação (CFE) fixou o currículo mínimo para os cursos de graduação em Arquivologia.

A análise da obra Cronologia do processo de instalação dos Cursos de Graduação da UFSM – 1960 – 1985 (Irion, 1985) constituiu elemento fundamental à compreensão do contexto de criação do Curso de Graduação em Arquivologia na UFSM.

De acordo com os registros da referida obra, o Curso de Arquivologia da UFSM “foi projetado no sentido de atender as solicitações do mercado de trabalho emergente do desenvolvimento sócio-econômico-cultural e em razão da crescente demanda de profissionais habilitados para exercerem atividades técnicas e científicas em Arquivo”. (Irion, 1985, p.99).

Professores do Departamento de História da UFSM, conscientes da desorganização de acervos arquivísticos na região e da carência de pessoal habilitado para exercer funções de arquivista, tiveram um contato inicial com o arquivista e historiador José Pedro Pinto Esposel, professor da Universidade Federal Fluminense, que aplaudiu a iniciativa da criação de um curso de graduação em Arquivologia no sul do país.

A partir dos resultados de pesquisa realizada junto ao Arquivo Público do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Fundação Getúlio Vargas, que na época mantinham cursos de formação e proporcionavam estágios para arquivistas, conclui-se a viabilidade de criação do curso de Arquivologia na UFSM.

O projeto inicial apoiava-se na criação de um núcleo comum de disciplinas com habilitação em Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia. No entanto, diante das dificuldades encontradas, optou-se por criar a graduação em Arquivologia.

O Curso de Arquivologia foi criado pelo Parecer n.º 179/76 do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UFSM, em 10 de agosto de 1976. Sua instalação deu-se em março de 1977 com oferecimento de 25 vagas anuais e quatro habilitações: Arquivos Empresariais, Arquivos Escolares, Arquivos Históricos e Arquivos Médicos.

Em 18 de abril de 1977, marcando o início das atividades do Curso de Arquivologia na UFSM, o Professor José Pedro Pinto Esposel participou do ato solene de inauguração do curso instalado, pois proferiu a aula inaugural.

A regulamentação da profissão acontece um ano após a criação do Curso na UFSM, através da Lei n.º 6.546 de 04 de julho de 1978 e do Decreto 82.590 de 06 de novembro de 1978.

O Reconhecimento do Curso de Arquivologia da UFSM deu-se pelo Ministério da Educação e Cultura, em 1981, através da Portaria n. 076/81/MEC.

A criação do Curso de Arquivologia da UFSM foi anunciada através de comunicação feita pela Profa. Darcila De La Canal Castelan durante o 3º Congresso Brasileiro de Arquivologia realizado na cidade do Rio de Janeiro no período de 17 a 22 de outubro de 1976. A Universidade propôs-se a criar para 1977 o Curso de Arquivologia em nível de graduação. Curso esse, compreendendo 2.165 horas e estágio de 200 horas a serem desenvolvidas num mínimo de três anos letivos, ou seja seis semestres. Acreditando com isso que a Universidade Federal de Santa Maria, a 1ª Universidade criada no interior do Rio Grande do Sul, e uma das mais jovens universidades do sul do país.

Quando da criação do Curso de Arquivologia, professores de vários departamentos da UFSM e professores convidados de outras instituições contribuíram para o funcionamento inicial do mesmo, considerando que naquele momento não havia sido criado um departamento, onde estariam lotados os professores para lecionar as disciplinas técnicas profissionalizantes no referido Curso de Arquivologia.

Em 1978, foi criado o Departamento de Documentação através da Resolução 001/78/UFSM, com o objetivo de alocar as disciplinas técnicas profissionalizantes para atender especialmente o Curso de Arquivologia.

Ao longo do tempo, considerando as novas realidades, o currículo do Curso de Arquivologia passou por reformulações visando a adequação na formação profissional às expectativas institucionais e empresariais.

Após muitos estudos e discussões foi aprovado em 2004 o currículo, que está em vigor nos dias atuais.

Fonte: Projeto Político Pedagógico do Curso (http;//w3.ufsm.br/prograd/cursos/ARQUIVOLOGIA/APRESENTAcaO.pdf)

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